sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

pinto erro em preto e branco,
que com erro colorido me espanto.

corro e coloro o branco, pra espantar o medo,
do preto no canto.

canto pro preto do medo, pro branco do santo.

rezo pras cores voltarem,
que com erro colorido me encanto.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

durmo com o gosto do último cigarro.

é o gosto daquilo que eu não quero que saia da minha boca. nunca.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

o carnaval termina como começou. nenhum bloco conseguiu me arrastar.

sinto que a cada dia me arrasto para dentro das dúvidas.

meu carro foi o maior instrumento de fuga, mesmo quando não saía do lugar.

queria seguir um sonho que passasse em minha porta feito um bloco. mesmo que dele eu acordasse numa possível quarta-feira de cinzas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

sobre quem escreve...

apesar de todos os obstáculos impostos pela saúde, pela família, pelos estudos e tudo mais, é bom saber que existe alguém que me faz sorrir sem querer.

se é apenas brincadeira eu não sei. e prefiro nem saber.

porque as melhores brincadeiras são aquelas em que não se sabe onde está a graça.


e se eu descobrir, quer dizer que perdi.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

exageros

- Senta, cara. Vai pra casa. - disse Lucas

- Acho que eu exagerei, ontem.

Dois dias depois...

- Acho que exagerei no sol, hoje.

-Sua vida tem sido só exageros.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Little Joy. desesperadas, as pessoas pagavam até 200 reais para assistir à banda, nas imediações do Circo Voador. talvez se já tivessem ido a um show da banda pagassem até 500.

sei que paguei 60 reais por um show que dispensa adjetivos.

little joy é uma expressão que em português significa "pequeno prazer".

o nome é perfeito para um show que dura menos de uma hora e proporciona uma enorme sensação de felicidade absoluta.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

já aprendi a conviver com ausências. e a ausência só é notada quando se está presente.

espero que o show da sexta me leve de volta a outro tempo. um tempo no qual a presença era sentida mais que a ausência.