ele enxerga o portão, bate algumas palmas, grita. ninguém. será que é aqui mesmo? pergunta. campainha. ele vê seus olhos na janela, ela entra. espera. um dia, quatro cafés, dois graus. ele grita e perde a voz. ela já não era mais importante mesmo. ele deita, dorme, acorda com ela à sua frente. nua. no frio.
- que houve?
- nada.
- fala.
- nada.
- anda, fala logo.
- saudades.
- de que?
- de mim.
- como de você?
- é, de mim, desculpas, mas tive que aparecer, já estou indo.
- não quer entrar pra tomar um café?
- não é por você, mas não aguento mais café. até!