sexta-feira, 27 de março de 2009

e os relógios já não marcavam a mesma hora. o fuso era diferente demais para chegarem aos lugares juntos. quando ele queria, ela estava cansada. quando ela queria, ele já havia desistido. quando ele bebia, ela enjoava. e os horários cada vez ficavam mais distantes, tão distantes que se econtravam de vez em quando. e nesses momentos eles tinham certeza que haviam acertado os ponteiros e que seguiriam sem mais desencontros. estavam errados, mas persistiam porque mesmo vivendo distantes sabiam que uma hora ou outra teriam instantes que os fariam continuar.

nos outros momentos pensavam em desistir, desistiam e tentavam. mas os ponteiros se cruzavam quando eles não queriam, nem adiantava adiantar, o remédio era a espera.