domingo, 3 de maio de 2009

cada uma das pessoas que entra naquele vagão do metrô tem suas preocupações. amores, saúde, família, grana. umas sabem ao certo pra onde vão, outras clamam por informações para decidir seus destinos. o metrô é o transporte hermético, a fuga das opções, é descer ou não. e se esquecer de descer é só voltar. pelo mesmo caminho, por um trilho que só se diferencia do outro pela direção.

o homem que resolve seus problemas a pé tem o direito de parar entre a arcoverde e a siqueira. entre são cristóvão e maracanã. mas anda sozinho, por caminhos infinitos e desconhecidos. enxerga a sujeira da rua, desanima e anima, anda, pára. perde-se, acha-se. no metrô é só escuridão, é só voz nos alto-falantes, correria e escadas rolantes. metrô é atalho, sapatos são possibilidades.



- um bilhete duplo, por favor?