segunda-feira, 13 de julho de 2009

deus, sei bem que um dia você existiu. fez a mim, fez de mim um filho que nasceu prematuro. confuso entre as idéias e caminhos que me propôs. decerto me quis incerto desde o princípio. duvidando das fotografias que surgiam pelas minhas retinas eu me lia assim: um alguém perdido no labirinto das possibilidades.

se não fosse por você eu não estaria aqui, deitado na cama a refletir e a chegar às conclusões que de fato vou rever amanhã. você existiu. eu sou a prova disso. ela também. ele também. todo o resto.

mas deixou de existir assim que optou por me conceder o livre arbítrio. você deixou de existir, deus. abriu os caminhos e morreu sem me indicar qual seguir. levantou as questões e foi embora sem respondê-las. esse papel agora cabe a mim, a ela e ele. você morreu, deus.

e não deixou sequer uma pista de como sair dessa vida com a certeza de que fiz tudo que estava ao meu alcance. que merda é essa de que posso escolher tudo que há de pior? que merda é essa? se era para ser assim, pela metade, por que me fez?