quinta-feira, 27 de outubro de 2011

tv

eu me recolho na televisão. deito. esperando que as imagens façam algum sentido. que me transportem. as imagens sem sentido da televisão. e elas correm me percorrem.

eu queria que as imagens da televisão me fizessem dormir. mas preciso da sua imagem. pura, sorrindo. bobagem.

eu me cobri. mandei estender lençol e tudo. tenho que acordar cedo amanhã. a colcha tá limpa, o telefone está programado pra tocar, mas a tv grita. desligo.

amanhã é amanhã, e o que resta é amor. eu amo. puro assim. eu amo porque é o que resta. ou porque é o que resto do que vale. sou assim, ingênuo ao achar que por amar o dia vai nascer.

recolho. é vontade.