segunda-feira, 1 de junho de 2009

jardim de metal

as queixas que esperam promessas matam pouco a pouco aquele que não sabe mais o que prometer. são noites pensando em como agir e sentir, na mais completa solidão. logo ele que agia com tanta objetividade, com tanta clareza de sentido e finalidade. é doce castigo a inquietação, é olhar pela janela com medo de ver que tudo que mais se quer está dentro de casa, guardado no armário cansando de esperar. é o medo de assumir que não é capaz de cuidar de um jardim tão lindo, é o peso que carrega sempre que vê as flores sorrirem, metálicas ou não. queria pedir pra ser cuidado, mas o orgulho não permite; as palavras fogem quando são e quando não são pronunciadas. vão pra longe, pra dentro, pro lado ainda limpo que existe no seu coração. o homem quer sair do castigo, mas tem medo do mundo.

porque só de olhar, sabe que o que parecia castigo é muito mais bonito que o mundo.