eu tenho fantasiado reações, inventado diálogos, interpretado livremente as ausências. tenho sido um teatro itinerante, do tipo mais pobre que existe, de rua, comédia suja. tenho acreditado nas minhas fantasias de gente sem perspectiva, no meu falso poder de ser melhor sempre. tenho criado desculpas para minhas frustrações e motivos para minha incompetente esperança.
dois mil e nove pode ter sido o pior ou o melhor ano da minha vida, mas o veredicto só os próximos podem me dar. certo é que não foi fácil.