eu adoro os pontos. as marcações de tempo que eles causam. mas acho que os banalizei. em um linha distribuo três. quatro. cinco. e assim me perco. não sei quanto duram meus períodos, meus ciclos, minha paciência. a dificuldade de me livrar dos pontos é talvez o resumo da minha vida. recortada. com tantas pausas, hiatos e voltas eu engasgo, entendo sozinho aquilo que escrevo, porque os pontos são meus e só eu sei o quanto é difícil retirá-los daqui ou dali.
minha vontade é simplificar, não abrir as caixas de correio, não preencher formulários que me buscam formular, não me submeter a amar, nem inventar programas para os próximos anos, não frustrar a mim e aos outros, não assistir a documentários, nem colocar pontos assassinos de períodos. morreu.
porque eu, meu pontos e minhas contas morremos e nascemos três, quatro, cinco vezes por linha.